sábado, 7 de fevereiro de 2009

PATCHWORK
Numa noite com Tom Zé, Adélia Prado e Wood Allen me lembrei de quanto sou triste. E quanto desejo sem força nos músculos poder deitar num mato virgem sem ter medo de inseto.Sempre quis ser assim, livre. Ter toda à sabedoria para poder me desfazer dela.Há um ardor que chamam de frio e que me corta feito lança sangrando o centro do meu estômago. Não quero mãos suadas, pés gelados e garganta enforcada!Não quero saber de saber, que saber, o saber.Quero o céu dos meus Currais brilhando sem parar a pilha.Quero a presença calada de painho e sua alma sintonia "am".Quero um ar que não me tome, me preencha.Não sei decorar poesia, nem sei guardar a emoção pra requentar nojantar. Vivo agora, e amanhã,(?) talvez.O que não posso nunca, é esquecer das flores dos Ipês, que sempre brotarãoem minh´alma.Na alma da minha mais linda amizade, na alma do meu filho, João.Na memória do cheiro de sabote da roupa de mainha.Segurança intra-uterina, patrocínio "lux luxo".E assim sigo a noite me desfazendo em poucos retalhos.Quiçá um dia uma linda colcha.
Autora: Adélia Danielli

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